quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Abaixo capítulo de livro  publicado por juliano Toniollo com o título:
 "Combustion synthesis of nanocrystalline nickel oxides: principles and uses".
O uso do Diagrama de Ellingham para a síntese de combustão e a importância da análise para a formação de óxidos ou metais.
http://www.nova-authors.com/___Encrypted/WEB_Links_Storage/e-Books/978-1-63482-815-4_eBook.pdf


Uma introdução ao SCRUM

Perdendo no revezamento...
O estilo de “corrida de revezamento” aplicado ao desenvolvimento de produtos pode conflitar com os objetivos de velocidade e flexibilidade máximas. Ao invés disto, um estilo holístico, onde a equipe busca, como em um jogo de futebol, de forma integrada, chegar ao gol, com passes de bola, pode servir melhor às atuais necessidades competitivas.

Adequado de “The New New Product Development Game”,
Hirotaka Takeuchi e Ikujiro Nonaka, Harvard Business Review,
January 1986.

Scrum em 100 palavras
● Scrum é um processo ágil que permite manter o foco na entrega do maior valor de negócio, no menor tempo possível.
● Isto permite a rápida e contínua inspeção do software em produção (em intervalos de duas a quatro semanas).
● As necessidades do negócio é que determinam as prioridades do desenvolvimento de um sistema. As equipes se auto-organizam para definir a melhor maneira de entregar as funcionalidades de maior prioridade.
● Entre cada duas a quatro semanas todos podem ver o real software em produção, decidindo se o mesmo deve ser liberado ou continuar a ser aprimorado por mais um “Sprint”.

Origens do Scrum
● Jeff Sutherland
● Uso inicial do scrum na Easel em 1993
● IDX e mais de 500 pessoas usando scrum
● Ken Schwaber
● ADM
● Apresentação na OOPSLA 96 com Sutherland
● Três livros sobre Scrum
● Mike Beedle
● Padrões para o Scrum na PLOPD4
● Ken Schwaber and Mike Cohn
● Fundaram a Scrum Alliance em 2002, inicialmente junto com a Agile Alliance
● The Mythical Man Month by Frederick Brooks, 1975.

– Quando um projeto está atrasado, adicionar pessoas ao projeto servirá apenas para atrasá-lo ainda mais.
– Devemos considerar o tempo que perdemos em gestão e comunicação quando temos pessoas demais trabalhando em um projeto.
– Ao calcular o tempo de desenvolvimento de qualquer coisa, temos que dobrá-lo. O programador precisa de "tempo para pensar" além do "tempo para programar"
– (tradução livre)

Quem usa o Scrum?
● Microsoft
● Intuit
● Yahoo
● Nielsen Media
● Google
● First American Real Estate
● Electronic Arts
● BMC Software
● High Moon Studios
● Ipswitch
● Lockheed Martin
● John Deere
● Philips
● Lexis Nexis
● Siemens
● Sabre
● Nokia
● Salesforce.com
● Capital One
● Time Warner
● BBC
● Turner Broadcasting
● Intuit
● Oce

Scrum tem sido usado para:
● Software comercial
● Video games
● Desenvolvimento interno
● Sistemas para suporte à vida
● Desenvolvimento contratado
● Sistemas para controle de (terceirização) satélites
● Projetos de preço fixo
● Websites
● Aplicações Financeiras
● Software para handhelds
● Aplicações certificadas pela
● Telefones celulares
● Aplicações para redes
● Sistemas embarcados
● Aplicações de ISV
● Sistemas disponíveis 24x7 (Independent Software
● Desenvolvimento por hackers  Vendors) solitários
● Algumas das maiores aplicações em produção

Características
● Equipes que se auto-organizam
● O produto evolui em uma série de “Sprints” mensais
● Os requerimentos são listados em um “Product Backlog”
● Não há prática de engenharia prescrita (o Scrum adequa-se a todas)
● Usa regras generativas na criação de um ambiente ágil para a entrega de projetos
● É uma das “metodologias ágeis”

Scrum 24 horas
Sprint
2-4 semanas
Objetivo do Sprint
Retorno
Sprint  Produto a ser entregue
GCifutp wornasp (ou seu incremento)
EmCabnrcuelhlo Cupons
Product
backlog

Em resumo...
Imagem disponível em:
www.mountangoatsoftware.com/scrum

Sprints
● Projetos Scrum progridem em uma série de “sprints”
● Similar às iterações do XP
● Ocorre em um período de duas a quatro semanas
● Um período constante leva a um melhor “ritmo”
● O produto é projetado, codificado e testado durante o sprint

Desenvolvimento seqüencial versus paralelo
Requerimentos Projeto
Código Teste
Ao invés de completar uma coisa por vez...... equipes Scrum fazem um pouco de cada coisa, todo o tempo.Nenhuma mudança durante o Sprint.

Change
Planeje a duração dos sprints de acordo com o máximo tempo com o qual você pode se comprometer
a deixar as mudanças fora deles (um mês ou menos).

Scrum framework
Papéis
•Dono do produto
•ScrumMaster
•Equipe Cerimônia
•Planejamento
•Revisão
•Retrospectiva
•Reunião diária
Artefatos
•Product backlog
•Sprint backlog
•Burndown charts

Dono do produto
● Define as funcionalidades do produto
● Decide datas de lançamento e conteúdo
● Responsável pela rentabilidade (ROI)
● Prioriza funcionalidades de acordo com o valor de mercado
● Ajusta funcionalidades e prioridades
● Aceita ou rejeita o resultado dos trabalhos

ScrumMaster
● Representa a gerência para o projeto
● Responsável pela aplicação dos valores e práticas do Scrum
● Remove obstáculos
● Garante a plena funcionalidade e produtividade da equipe
● Garante a colaboração entre os diversos papéis e funções
● Escudo para interferências externas

Equipe
● Entre 5 e 9 pessoas
● Multi-funcional
● Programadores, testadores, desenvolvedores de interfaces, etc.
● Tempo integral
● Raras exceções (Ex.: Administrador de Base de Dados)
● Auto-organizável
● Idealmente, sem títulos, ainda que possível
● Trocas só na mudança de Sprints

Scrum framework
Papéis
•Dono do produto
•ScrumMaster
•Equipe Cerimônia
•Planejamento
•Revisão
•Retrospectiva
•Reunião diária

Artefatos
•Product backlog
•Sprint backlog
•Burndown charts

Planejamento do Sprint
Capacidades  Planejamento da equipe
•Análise e avaliação do backlog product backlog

Objetivo
•Objetivo do sprint
•Decidir como chegar ao objetivo (projeto)

Sprint
•Cria tarefas do sprint backlog a partir dos itens  backlogdo product backlog (user stories / uncionalidades)

Tecnologia
•Horas no sprint backlog

● A equipe seleciona itens do Product Backlog com os quais compromete-se a concluir
● O Sprint Backlog é criado
● Tarefas identificadas e estimadas (1 a 16 horas)
● De forma colaborativa, não apenas feito pelo ScrumMaster
● Planejamento de alto nível é considerado

Quero que os usuários do  Modelagem (8 horas)
portal possam  Codificar interface, planejar suas  férias,
Atualizar testes de escolhendo  performance itinerários online.

Scrum diário
● Parâmetros
● Diário
● 15 minutos
● Todos em pé!
● Não é para a solução de problemas
● Todo mundo é convidado
● Apenas os membros da equipe, ScrumMaster, dono do produto podem falar
● Ajuda a evitar reuniões adicionais desnecessárias

Três questões, para todos
1 O que fizeste ontem?
2 O que vais fazer hoje?
3 Há algum obstáculo?


● As respostas não são um “relatório” para o ScrumMaster
● Elas são COMPROMISSOS perante os pares

Revisão do Sprint
● Equipe apresenta os resultados obtidos durante o Sprint
● Tipicamente, demonstração de novas funcionalidades ou sua arquitetura
● Informal
● 2 horas de preparação
● Sem slides
● Todo o time participa
● O mundo é convidado

Retrospectiva do Sprint
● Periodicamente, observe o que funciona e o que não funciona
● Tipicamente de 15 a 30 minutos
● Feita após cada Sprint
● Toda a equipe participa
● ScrumMaster
● Dono do produto
● Membros da equipe
● Clientes e outros

Inicia, Pára, Continua
● A equipe discute o que gostaria de:
Iniciar a fazer.
Parar de fazer.
Continuar a fazer.

Scrum framework
Papéis
•Dono do produto
•ScrumMaster
•Equipe Cerimônia
•Planejamento
•Revisão
•Retrospectiva
•Reunião diária

Artefatos
•Product backlog
•Sprint backlog
•Burndown charts

Product Backlog
● Os requerimentos
● Uma lista de todo o trabalho desejado no projeto
● Idealmente, na forma em que cada item tenha seu peso de acordo com a vontade do cliente ou usuários
● Priorizado pelo dono do produto
● Repriorizado no início de cada Sprint

Gerenciando o Sprint Backlog
● Cada indivíduo escolhe o trabalho que fará
● Trabalhos nunca são atribuídos
● Atualização diária da estimativa do trabalho restante
● Qualquer membro da equipe pode adicionar, apagar ou mudar tarefas
● O trabalho aparece a partir do Sprint
● Se uma tarefa não é clara, defina-a como um item com uma quantidade maior de tempo e subdivida-a depois
● Atualize as coisas a serem feitas na medida em que se tornam mais conhecidas

Escalabilidade
● Equipe de 7 ± 2 pessoas
● Escalabilidade através de equipes de equipes
● Fatores de escala
● Tipo de aplicação
● Tamanho da equipe
● Dispersão da equipe
● Duração do projeto
● Scrum é usado em projetps envolvendo mais de 500 pessoas


● www.mountaingoatsoftware.com/scrum
● www.scrumalliance.org
● www.controlchaos.com
● scrumdevelopment@yahoogroups.com
● Agile Software Development with Scrum by Ken Schwaber and Mike Beedle
● Agile Project Management with Scrum by Ken Schwaber
● Scrum and the Enterprise by Ken Schwaber
● Artigos de Cesar Brod, sobre Scrum, no Dicas-L
● www.dicas-l.com.br/brod
● www.brod.com.br
● Procure por Scrum
● Links para exemplos online de Sprint e Product Backlog

Dicas de Leitura
● Agile and Iterative Development: A Manager’s Guide by Craig Larman
● Agile Estimating and Planning by Mike Cohn
● Agile Project Management with Scrum by Ken Schwaber
● Agile Retrospectives by Esther Derby and Diana Larsen
● Agile Software Development Ecosystems by Jim Highsmith
● Agile Software Development with Scrum by Ken Schwaber and
● Mike Beedle
● Scrum and The Enterprise by Ken Schwaber
● User Stories Applied for Agile Software Development by Mike Cohn
● Artigos semanais em www.scrumalliance.org

Método dos Seis Chapéus

http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/306664/mod_resource/content/1/6chapeus.pdf

O objetivo principal desse método é ajudar pessoas na análise de uma situação, ou tomada de decisões, a avaliar com propriedade o que lhes é exposto. A avaliação se torna mais rica e ao mesmo tempo mais acurada na medida que a pessoa observa a situação de seis formas diferentes ao invés de usar só uma (a que está habituada) ou mais de uma, mas de forma atabalhoada. Cada chapéu simboliza uma forma de pensamento com suas próprias características. A simbologia do chapéu ajuda o pensador a "pôr e tirar" uma atitude de forma deliberada e conhecida pelo grupo. A artificialidade da situação permite também que interlocutores solicitem a seus colegas que "mudem de chapéu", evitando assim certos conflitos interpessoais durante discussões de tomada de decisão. 
Quanto mais os chapéus forem utilizados, mais eles se tornarão parte da cultura da empresa. Isto torna o pensamento muito mais poderoso. Ao invés de se perder tempo argumentando ou fugindo da discussão, haverá um enfoque estimulante e disciplinado. O método é muito fácil de ser utilizado. Não é preciso pensar nos detalhes de cada um dos chapéus e a essência de cada um deles é muito mais fácil de ser lembrada. 

CHAPÉU BRANCO - Simboliza a pureza. Lida com dados e informações neutros. Sob o Chapéu Branco trabalha-se com perguntas e respostas fatuais. Exemplos: Quantas pessoas estiveram presentes à reunião? 25. Qual é a verba destinada para esse projeto? É R$ 4.000,00 

CHAPÉU VERMELHO - Lembra emoções e sentimentos, intuição e feelings. Sob o Chapéu Vermelho dá-se palpites. O "acho que..." é perfeitamente aceito. Não são necessárias justificativas. Exemplos: Acho que ainda não é o momento para lançarmos esse produto. O Pedro vai se dar bem no setor de embalagens. 

CHAPÉU PRETO - É o advogado do diabo. Faz críticas, explica porque não vai dar certo, aponta quem vai reprovar a ideia. Usam-se justificativas e exemplos. Exemplos: Lembra do cigarro Charm? Não adianta lançar produtos só para mulheres. E se os juros subirem de novo ? 

CHAPÉU AMARELO - Lembra o sol, o brilho, o otimismo. Usa-se o pensamento construtivo. Procura-se oportunidades e benefícios. Usamse também justificativas e exemplos. Exemplos: Esse produto vai chamar a atenção de nossa empresa como um todo. Vamos aproveitar o seminário para integrar as turmas . 

CHAPÉU VERDE - Simboliza a criatividade. Faz-se sugestões, dá-se alternativas, a idéia é burilada. Não há julgamento ou explicações. Exemplos: Vamos distribuir amostras do nosso produto nas praias? Em vez de leque personalizado de benefícios, que tal uma pesquisa? 

CHAPÉU AZUL - É o chapéu da visão panorâmica, coordenação e controle. Sob esse chapéu é feito o roteiro para o pensamento (ordem dos chapéus) e o resgate do que foi dito sob os outros chapéus. Esse chapéu cuida também da disciplina. Exemplos: Vamos começar com o Chapéu Vermelho. Tanto o Chapéu Vermelho quanto o Preto apontaram para uma resistência ao nosso produto. Vamos analisar isso mais profundamente. 

O PENSAMENTO DO CHAPÉU BRANCO - Coleta de Dados Imagine um computador que lhe dê os fatos e dados que sejam solicitados. O computador é neutro e objetivo. Ele não oferece interpretações ou opiniões. Quando utilizar o Chapéu Branco, o pensador deve imitar o computador. A pessoa que estiver pedindo informação deve utilizar perguntas bem focalizadas, para obter informações ou preencher lacunas nas informações. Na prática, existem duas séries de sistemas de informação. A primeira contém fatos checados e provados: são fatos de primeira classe. A segunda série contém fatos que se acredita sejam verdadeiros, mas que não foram ainda totalmente comprovados. São os fatos da segunda classe. O pensamento do Chapéu Branco requer disciplina e direção. O pensador se esforça para ser neutro e objetivo na apresentação das informações. O branco (ausência de cores) indica neutralidade. 

O PENSAMENTO DO CHAPÉU VERMELHO - Sentimento e Intuição Usar o Chapéu Vermelho permite ao pensador dizer como se “sente” a respeito de um assunto. O Chapéu Vermelho legitima as emoções e os sentimentos, tornando-os visíveis. Ele podem fazer parte do roteiro do pensamento e do nosso sistema de valores. O Chapéu Vermelho permite ao pensador explorar os sentimentos de outros, quando solicita visão do Chapéu Vermelho de alguém. O Chapéu Vermelho cobre dois tipos de pensamento: as emoções ordinárias, tais como as emoções fortes, de medo e antipatia, até as mais sutis, tais como suspeita. O Chapéu Vermelho também faz julgamentos complexos que fazem parte desses sentimentos, tais como pressentimento, intuição, sensação, gosto, sensibilidade, estética e outros tipos de sentimentos não facilmente justificáveis. Quando uma opinião inclui uma grande dose desse tipo de sentimento, ela também pode fazer parte do Chapéu Vermelho. 

O PENSAMENTO DO CHAPÉU PRETO - Riscos e Dificuldades O Chapéu Preto está especificamente preocupado com avaliações negativas. O pensador de Chapéu Preto aponta o que está errado, incorreto ou tendencioso; algo que não se ajusta a experiências anteriores ou ao conhecimento passado, porque algo não vai funcionar, riscos e perigos, falhas nos projetos. O pensamento do Chapéu Preto não é necessariamente “baixo astral” e não deve ser visto como tal. É uma tentativa objetiva de levantar os riscos de uma situação. O pensamento do Chapéu Preto pode apontar erros nos procedimentos do pensamento e no próprio método, julgar uma ideia com relação ao passado, para ver como ela se adapta ao que é conhecido, projetar uma ideia no futuro e ver o que pode falhar ou dar errado. O pensamento do Chapéu Preto não deve ser utilizado para encobrir tendências ou sentimentos negativos, estes devem ser colocados durante o uso do Chapéu Vermelho.

O PENSAMENTO DO CHAPÉU AMARELO Benefícios e Oportunidades O pensamento do Chapéu Amarelo é positivo e construtivo. A cor amarela simboliza o sol, brilho e otimismo. Portanto, esse chapéu se preocupa com avaliações, tanto quanto o Chapéu Preto se preocupa com avaliações negativas. O Chapéu Amarelo cobre uma gama de pensamentos positivos, que variam dos práticos e lógicos até sonhos, desejos e esperanças. O pensamento do Chapéu Amarelo investiga e explora validação e benefícios. Depois, esforça-se para encontrar suporte para essas validações e benefícios. Ele procura levar adiante o otimismo em bases sólidas, mas não se restringe a isso, desde que outros tipos de otimismos sejam apropriadamente qualificados. O pensamento do Chapéu Amarelo é construtivo e produtivo. É do Chapéu Amarelo que surgem propostas e sugestões concretas. Ele está preocupado com ação e “fazer as coisas acontecerem”. Efetivamente o Chapéu Amarelo é a alma do pensamento construtivo. O pensamento do Chapéu Amarelo pode ser especulativo e procurar oportunidades. Pode permitir sonhos. O pensamento do Chapéu Amarelo não está preocupado com mera euforia positiva (que pertence ao Chapéu Vermelho), nem diretamente com criar novas ideias (Chapéu Verde). 

O PENSAMENTO DO CHAPÉU VERDE - Criatividade A pessoa que coloca o Chapéu Verde vai utilizar o pensamento criativo. A cor verde simboliza fertilidade, crescimento e transformação das sementes. A busca de alternativas é um aspecto fundamental do pensamento do Chapéu Verde. Há necessidade de ir além do conhecido, do óbvio e do satisfatório. Um aspecto importante do Chapéu Verde é a ousadia. O clima do grupo deve permitir qualquer tipo de ideias ou provocações. Pode-se usar sob esse chapéu técnicas de estímulo à criatividade, tais como o Brainstorming e o Pensamento Lateral. 

O PENSAMENTO DO CHAPÉU AZUL - Coordenação e Controle O Chapéu Azul é o chapéu da coordenação. O pensador de Chapéu Azul organiza o pensamento. Ele “pensa sobre como pensar”, qual é o tratamento necessário para explorar um assunto. O pensamento do Chapéu Azul age como o condutor de uma orquestra. Ele indica a necessidade de utilização dos outros chapéus. O pensamento do Chapéu Azul é também responsável pelos sumários, sínteses e conclusões. Ele monitora o pensamento e assegura que as regras do jogo estão sendo cumpridas. Ele pode interromper as discussões e insiste no pensamento previamente determinado. Trata-se da disciplina. O pensamento do Chapéu Azul pode ser usado para interferências ocasionais, que solicitam o uso de outros chapéus. Ele pode também estabelecer uma seqüência determinada de chapéus a ser seguida assim como a dança segue uma coreografia. Mesmo quando o papel do Chapéu Azul é atribuído a uma pessoa, é possível a qualquer dos participantes oferecer comentários e sugestões ligados ao controle da situação. O Chapéu Azul trabalha com a ordem dos chapéus a serem utilizados; a coordenação e a disciplina durante o uso dos diferentes chapéus; o resgate das contribuições relevantes sob cada chapéu.

PRINCÍPIOS BÁSICOS PENSAMENTO ENQUANTO HABILIDADE O Prof. Edward de Bono, um dos maiores especialistas mundiais em criatividade e uso do pensamento explica pensamento e inteligência da seguinte forma: 
• Inteligência - é o potencial, portanto imutável quando se atinge a idade adulta. Equivale ao motor de um automóvel, pois pode ser mais ou menos potente, ou mais ou menos ágil. 
• Pensamento - é uma habilidade, portanto passível de ser desenvolvido. Equivale à forma como se conduz o automóvel. Assim, pessoas que sabem dirigir bem, isto é, sabem pensar, obtêm melhores resultados de automóveis medíocres do que “barbeiros mentais” de carros potentes. Exemplos de Barbeiragens Mentais: 
• Um indivíduo está numa reunião de geração de ideias e desperdiça sua inteligência tentando convencer os demais de seu ponto de vista, em vez de ouvi-los. 
• Um indivíduo precisa gerar ideias inovadoras sobre como montar o Marketing Mix para um produto e se atém à primeira ideia que lhe ocorreu em vez de gerar outras. 
• Um indivíduo tem uma ideia e parte imediatamente para a sua implantação, sem considerar riscos ou o ponto de vista dos outros. 

PENSAR SOBRE COMO PENSAR O que se chama de pensamento espontâneo nem sempre é a forma mais produtiva de se conduzir a mente. Na verdade, ao se deixar de conduzir o pensamento está se permitindo que ele funcione da forma como se aprende a pensar (que nem sempre é a melhor) ou está se deixando conduzir pelas emoções. Pode-se, diante de um problema, direcionar a mente da forma que se quiser, e pode-se optar por direcioná-la da forma que se acredita que gerará os melhores resultados. Assim, pensar sobre o pensamento significa decidir quais direcionamentos - e em que ordem – se deve dar à mente para que se possa atingir o melhor resultado possível. 

PRINCÍPIO DA BOLA DE NEVE Quanto mais se direciona a mente num determinado sentido, mais alternativas se terá. O pensamento espontâneo é um eterno “acelera e breca” do raciocínio. (Exemplo: criar e julgar imediatamente). Se direcionar conscientemente o pensamento, além de estar indo no caminho certo, está se potencializando a capacidade mental, pois as ideias passam a fluir como uma bola de neve. 

UM CHAPÉU DE CADA VEZ Conservar o direcionamento de cada chapéu é fundamental. Se surgir um comentário que pertence a um outro chapéu, ele deve ser ignorado. Há duas razões para tal procedimento : 
1. A prática do foco em um determinado chapéu, que maximiza a bola de neve 
2. O uso dos chapéus é muito diferente de apenas pensar livremente sobre uma situação e depois classificar os comentários em seis colunas diferentes. 
Esta seria uma classificação de ideias depois de elas terem surgido - muito diferente da atenção dirigida. Neste sentido, deve-se evitar pessoas usando diferentes chapéus ao mesmo tempo. Esta prática - similar às reuniões tradicionais - evita a bola de neve e gera conflitos 

TEMPO PARA CADA CHAPÉU 
• É importante que se mantenha o limite de tempo estipulado pelo facilitador. 
• Quando se tem a impressão de que acabaram os comentários deve-se estimular a mente. 
• Quando o tempo é curto, o pensamento fica mais focalizado. 
A disciplina do tempo faz parte do aprender a pensar. 

USOS 
Há muitas formas de se aplicar o Método dos Seis Chapéus e outras ainda serão criadas. Veja os usos mais frequentes: 

Ocasional - É o uso de apenas um chapéu durante uma reunião ou uma conversa especificamente para provocar um determinado tipo de pensamento. Depois do uso desse chapéu, volta-se à conversa normal 

Sistemático - É o uso dos chapéus em sequência, um depois do outro, com o objetivo de explorar uma situação. O uso sistemático dos seis chapéus, com uma sequência previamente definida, é particularmente benéfico nas seguintes circunstâncias: 
1. Quando se pretende reduzir os riscos da análise a ser feita ou da decisão a ser tomada. 
2. Quando os participantes têm pontos de vista rigidamente definidos e diferentes entre si. 
3. Quando existe uma discussão que não leva a lugar nenhum. 
4. Quando há pouco tempo para o exame de uma situação. 

Outra forma de se classificar o uso dos Seis Chapéus é a seguinte: 
Individual - É uma forma que requer muita disciplina e é realizada em duas etapas: 
1. Decide-se qual chapéu usar 
2. Usa-se o chapéu escolhido 

Pode-se usar a forma sistemática para explorar uma situação, evitando-se, por exemplo, que o pensador se deixe levar pelo medo ou emoção. Quando o método sistemático é aplicado, é importante enfocar um chapéu de cada vez, e não pular de um chapéu para outro. O uso ocasional de um ou outro chapéu também contribui para o pensamento individual, especialmente porque elimina o vício de se utilizar mais um determinado chapéu. 
Para que o uso individual dos chapéus seja produtivo, o indivíduo deve ser hábil no uso do chapéu azul, o que significa desenvolver o hábito de deliberar seu pensamento e ser objetivo 
Em Diálogos - Pode-se querer que uma pessoa coloque um determinado chapéu, para a obtenção de mais informações (branco), para prever consequências (preto). Ou pode acontecer de uma pessoa reagir de forma neutra ou negativa a uma proposta, ou que fique atada a um tipo de pensamento. Basta simplesmente sugerir a mudança de chapéu, usando-se ou não a nomeclatura. O uso dos chapéus nos diálogos requer que cada parte explicite o chapéu que está usando. Quando duas pessoas usam uma sequência de chapéus de forma sistemática, o uso se assemelha ao de uma reunião. Os chapéus são alternados segundo uma ordem previamente estabelecida ou que se desenvolve à medida que a conversa evolui. Não há necessidade de dedicar-se muito tempo a cada chapéu. Dois ou três minutos para cada um é suficiente. Em reuniões - O maior valor que se obtém do uso dos seis chapéus é provavelmente em reuniões, pois elas se tornam mais produtivas e com mais foco. Os chapéus também permitem que o pensamento se torne mais rico, em vez de ficar preso à defesa de um ponto de vista. O aspecto mais importante é o esforço de cada um para permanecer no chapéu que havia sido designado. Assim, se estamos no momento do chapéu amarelo, todos devem usar o chapéu amarelo. Não se trata de os defensores da ideia usarem o chapéu amarelo e os demais se manterem quietos. Os chapéus existem principalmente para que as pessoas ampliem seus pontos de vista e suas formas de pensar. 
Deve-se evitar que, por exemplo, uma pessoa que se considere chapéu preto fique quieta durante toda a reunião exceto na hora do chapéu preto. Para isso, não se deve apenas esperar pelas contribuições voluntárias. O chapéu azul deve estimular todos a falar. Todos devem fazer um esforço para pensar cooperativamente, visando explorar a situação. 
O chapéu azul deve também evitar a argumentação e a venda da ideia. Tudo o que for colocado deve ser registrado, sem necessidade de explicação. Com exceção do chapéu azul, interrupções não são permitidas. 
Em relatórios - É possível a confecção de relatórios de acordo com uma sequência de chapéus com considerações sob cada chapéu. Pode-se também ler relatórios mudando de chapéus. 
Avaliações em Assembléias - Um determinado público pode dar seu parecer a respeito de certas decisões usando os seis chapéus. Este uso pode ser verbal, quando a cada momento a audiência utiliza um chapéu ou por escrito, quando um formulário pede opiniões ou perguntas sob cada chapéu. 
Como os Gerentes vêem a Criatividade 
O pensamento - principalmente a criatividade - têm sido amplamente divulgados enquanto importantes instrumentos gerenciais na atualidade. Entretanto, a maioria dos gerentes percebe a criatividade de forma um pouco paradoxal: por um lado fascinante e divertida, por outro, estranha e pouca digna de credibilidade. Os gerentes hoje percebem como saber pensar é importante. Alguns até supervalorizam a criatividade, imaginando-a como “uma solução para todos os males” da empresa. Entretanto, poucos vêem o pensamento como uma habilidade que pode ser desenvolvida e se sentem profundamente ameaçados com essa nova demanda. Talvez no fundo se sintam pouco criativos ou até pouco inteligentes. Esta mistura de preconceitos favoráveis e desfavoráveis demandam do instrutor um comportamento que dê credibilidade, tanto a ele quanto ao tema e ao mesmo tempo permissão para que o treinando ouse e entre em contato com seu potencial criativo. 
Normalmente, um instrutor adquire credibilidade ao exibir seu know-how, ao mostrar que domina o assunto. Exemplos, principalmente os acompanhados de resultados quantificáveis, ampliam a credibilidade ao tema. 
A permissão, entretanto, acontece principalmente a partir do clima que o instrutor consegue gerar em sala de aula. Vai muito de sua postura não verbal e de um certo ar de cumplicidade com os treinandos. Para que o treinando não se sinta ameaçado, o instrutor deve evitar qualquer clima de competição, ou seja deve evitar dar ideias ele mesmo e principalmente gerar admiração pela sua capacidade de criar. Reaprendendo a Pensar O que chamamos de espontaneidade na forma de pensar não passa de uma série de vícios culturais associados às emoções. A lógica não é o único (nem o mais poderoso) instrumento mental. 
A realidade não passa de um mero fruto da percepção. É evidente que informações deste tipo vão chocar o treinando. Muitas vezes, ele chega a entender as formas por ele desconhecidas de utilizar a mente, mas não consegue aceitá-las. Por esta razão, recomenda-se que um seminário sobre o pensamento seja estruturado da seguinte forma: 
1. Antes das explicações racionais, o treinando deve ter, por meio de jogos e exercícios, a oportunidade de constatar com sua mente pode funcionar mais produtivamente. 
2. Mais importante que a sequência lógica no uso das técnicas é a seqüência que vai permitir com que treinando se sinta bem com relação às técnicas. 
Assim, pode-se ensinar primeiro uma técnica de avaliação de ideias e depois as técnicas de geração de ideias. Avaliar é menos ameaçador do que criar e depois que alguém já sabe avaliar, terá menos receio de suas próprias idéias. 
Exemplos Fictícios ou Reais? Muitos programas de treinamento são baseados em estudos de casos bastante sofisticados, alguns até baseados na realidade do treinando. Entretanto, como a ênfase do treinamento é o aprendizado de como solucionar um problema e não o problema em si, dá-se preferência a casos fictícios de fácil compreensão e até um pouco lúdicos, como a abertura de uma lanchonete, etc. A resolução de problemas reais dos participantes durante o treinamento ocorre quando esta é uma demanda dos treinandos ou da empresa. Neste caso, dá- se ênfase à tarefa. O instrutor passa a ser um facilitador e o aprendizado é secundário. 
Se a demanda é para o aprendizado e resolução de ideias solicita-se uma maior carga horária ou um programa em duas fases. 
Nunca há Resposta Certa Na criatividade, na tomada de decisões e no pensamento estratégico está se utilizando o pensamento divergente, que aceita várias alternativas. Portanto, neste tipo de treinamento os exercícios não possuem gabaritos ou outras formas de se apontar respostas certas. O Instrutor Enquanto Exemplo Não dá para brincar de “Casa de Ferreiro” quando se fala de criatividade. Isto não quer dizer que o instrutor deva ser um poço inesgotável de idéias, mas sem dúvida ele deve ter uma postura flexível. 
Não se espera ouvir de um especialista em criatividade frases como “Não tive outra alternativa”, “Das duas uma”, “Não tem jeito”. Quem acredita na criatividade, confia sempre na possibilidade de se gerar algo novo. 
FORMAS SIMPLIFICADAS Seguem alguns exemplos de formas simplificadas para o uso dos Seis Chapéus em função dos objetivos. 
Idéias Iniciais : 
• Chapéu Azul: Foco e definição da situação 
• Chapéu Branco: O que se sabe a respeito da situação ? 
• Chapéu Verde: Geração de idéias Exame rápido : 
• Chapéu Amarelo: Quais são os benefícios e valores agregados ? 
• Chapéu Azul: Sumário dos aspectos positivos 
Avaliação : 
• Chapéu Amarelo: Quais são os benefícios e valores agregados ? 
• Chapéu Preto: Quais são os riscos e dificuldades ? 
Melhoria 
• Chapéu Preto: Quais são os pontos fracos ? 
• Chapéu Verde: Como se pode ultrapassar estes pontos fracos ? 
ou 
• Chapéu Azul: Focalize em um aspecto que não é um ponto fraco 
• Chapéu Verde: Que outras formas há para fazer isto ? 
Ação Direta : 
• Chapéu Vermelho: O que se sente que deve ser feito ? 
• Chapéu Preto: Quais são as dificuldades e riscos ? 
Escolha : 
• Chapéu Verde: (se as alternativas não foram apresentadas) 
Quais são as alternativas ? 
• Chapéu Amarelo: Quais são os aspectos positivos de cada alternativa ? 
• Chapéu Preto: Quais são os aspectos negativos de cada alternativa ? 
• Chapéu Vermelho: O que se sente que deve ser feito ? 
Avaliação Final : 
• Chapéu Preto: O que é possível fazer ? Vale a pena ? 
Quais são os riscos ? 
• Chapéu Vermelho: O que se sente que deve ser feito ? 
Possibilidades de Ação : 
• Chapéu Verde : Quais são as possibilidades ? 
• Chapéu Azul : Sumário das possibilidades 
• Chapéu Branco : Confronto das possibilidades com as informações 
Oportunidade : 
• Chapéu Branco : O que se sabe a respeito da situação 
• Chapéu Verde : Qual é a idéia ? 
• Chapéu Amarelo : Quais são os benefícios da idéia 
SEQUÊNCIA 
A cantina da empresa está sempre super-lotada. O que pode ser feito ? 
A cantina poderia ser ampliada, ou poderia haver turnos diferentes para a hora do almoço. Poderão haver outras idéias. Sugira a sequência que considera mais produtiva .Explique as razões da sua escolha. 
SEQUÊNCIA 
Sua empresa precisa efetuar algumas demissões. A sugestão da cúpula é que o gerente de cada área demita 10% de seu pessoal, entretanto a cúpula está aberta para outros critérios. Sugira a sequência que considera mais produtiva. Explique as razões da sua escolha. 
SEQUÊNCIA 
Você está tendo dificuldade em recrutar trabalhadores capacitados para uma determinada função. Foi sugerido um aumento de faixa salarial para esta função, mas sua empresa não pode pagar nesta faixa. Sugira a sequência que considera mais produtiva. Explique as razões da sua escolha. 
SEQUÊNCIA 
O índice de acidentes de trabalho de um departamento específico está muito alto e aumenta cada vez mais. O que pode ser feito a respeito ? Sugira a sequência que considera mais produtiva. Explique as razões da sua escolha. 
SEQUÊNCIA 
Que tal a tercerização da área de RH em sua empresa? 
Sugira a sequência que considera mais produtiva .
Explique as razões da sua escolha. 
Quais chapéus você usaria para (escolha 2 a 4 chapéus): 
Escolher alternativas? 
• AZUL - Foco e definição da situação. 
• BRANCO - Coleta de dados sobre a situação. 
• VERDE - Geração de Idéias. Lidar com questões que possuem forte apelo emocional? • VERMELHO - Como cada um se sente a respeito. 
• BRANCO - Qual é, de fato, a situação. 
• VERDE - Podemos ver a situação de outra forma? 
• AZUL – Conclusão. Melhorias? 
• PRETO- Quais são os pontos fracos ? 
• VERDE - Como melhorá-los. ou 
• AZUL - Focar alguns pontos (ou em aspectos que não sejam pontos fracos). 
• VERDE - Como melhorá-los. Ação imediata? 
• VERMELHO - O que achamos que deve ser feito? 
• PRETO - Quais são os riscos?

domingo, 25 de outubro de 2015



Link: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0025540804002454

Interpretação do Artigo

Síntese de pós de alumina pelo processo de combustão de nitrato de glicina

A técnica de síntese por combustão utilizando glicina como combustível e nitrato de alumínio como um oxidante é capaz de produzir pós de alumina. A modelagem termodinâmica da reação de combustão mostra que na relação combustível-oxidante,o aumento da quantidade de gases produzidos está relacionado com a temperatura adiabática que também aumenta.

1. Introdução
Pós de alumina com distribuição de tamanho controlado podem encontrar uma grande variedade de aplicações para materiais de engenharia avançado. Em geral, eles são produzidos comercialmente pelo processo Bayer, que tem algumas limitações para se obter partículas finas e puras. Nos últimos anos, cada vez mais atenção tem sido focada no desenvolvimento de pós de alumina nanométricos.
Elas apresentam um elevado potencial para serem utilizados como revestimentos de abrasivos, suportes de catalisadores, isoladores térmicos, materiais de prevenção à poluição, auxiliar de sinterização para a cerâmica, material biocompatível para uso médico e compósitos odontológicos, nanocompósitos para aplicação estrutural, aplicação em componentes elétricos. Estes materiais oferecem novas características, em comparação com a cerâmica de alumina convencional, devido às suas propriedades, como a elevada dureza, tenacidade, resistência à compressão, a transparência e resistência ao desgaste.
A fim de alcançar estes requisitos muitas pesquisas têm se dedicado a encontrar alternativas, tais como processos químicos para a obtenção de aluminas nanométricas.
Síntese por combustão é particularmente um processo de produção fácil, segura e rápida em que a principal vantagem é a economia de energia e de tempo. Este processo rápido, simples pode ser usado para produzir pós-cerâmicos homogêneos de alta pureza.
Este método é versátil para sintetizar uma ampla gama de tamanhos de partículas, incluindo alumina de tamanho nano. A base da técnica de síntese por combustão vem dos conceitos utilizados no campo termoquímico de fabricação de propulsores e explosivos.
O sucesso do processo é devido a uma mistura íntima entre os constituintes, utilizando um agente complexante ou de combustível adequada (por exemplo, ácido cítrico, ureia, glicina, etc), num meio aquoso e uma reacção redox exotérmica entre o combustível e um oxidante (nitratos).
Na verdade, o mecanismo da reação de combustão é bastante complexo. Os parâmetros que influenciam na reação incluem: tipo de combustível, o combustível a razão oxidante, a utilização de excesso de oxidante, a temperatura de ignição, eo teor de água da mistura precursora. Em geral, um bom combustível deve reagir de forma não violenta, produzir gases atóxicos , e agir como um complexante para cátions metálicos.
Um dos mais baratos aminoácidos,  a glicina (NH2CH2COOH), é conhecida por atuar como um agente de complexação para um certo número de íons de metal, uma vez que contém um grupo ácido carboxílico em uma extremidade e um grupo amino na outra. Aminoácidos se tornam íons quando dissolvidos em água. Estas características zwiteriônicas de uma molécula de glicina complexa, produz eficazmente tamanhos iônicos variados, isto ajuda na prevenção da precipitação seletiva e mantém uma composição homogênea entre os componentes. Por outro lado, a glicina pode também servir como um combustível durante uma reação de combustão, sendo oxidado pelo íon nitrato.
A combustão da glicina-nitrato produz gases N2, CO2 e H2O. A composição inicial da solução contendo nitrato de alumínio e glicina foi derivada a partir da oxidação total e da redução das valências do oxidante e combustível usando os conceitos da propulsão química. Carbono, hidrogénio e de alumínio foram considerados como elementos reduzidos, com valências de +4, 1 e 3, respectivamente. O oxigénio foi considerado como um elemento oxidante com a valência de - 2, o azoto foi considerado zero.
As características do pó, como tamanho de cristalito, área de superfície, a extensão e natureza (duro ou mole) da aglomeração são regidos principalmente pela temperatura ou entalpia gerados durante a combustão.
A investigação recente sobre a síntese por combustão foi conduzida a fim de compreender melhor o papel do combustível no controle do tamanho de partícula e microestrutura de combustão do produto. Apenas alguns cientistas tentaram investigar o efeito de diferentes proporções de combustível/oxidante.
Neste artigo, relatamos a síntese de pós  de alumina, por diferentes razões molares de combustível/oxidante utilizando glicina como combustível e nitrato como um oxidante. Os pós obtidos por meio de síntese por combustão foram caracterizados por microscopia eletrônica de varredura, raio-X linha de difração análise da ampliação da área da superfície.
Entalpias e temperaturas de chama adiabática foram calculadas teoricamente para a reação de combustão, envolvendo diferentes relações combustível/oxidante. A natureza da combustão e a variação nas características obtidas do pó com  relações combustível/oxidante é explicado na base das temperaturas da chama adiabática.

Procedimento experimental
Nitrato de alumínio Al (NO3) 3+ 9H2O (Vetec Quı'mica, Brasil) e glicina (Bio-Rad, EUA) com 98 e 98,5% de pureza, respectivamente, foram misturados com uma quantidade mínima de água desionizada. A solução foi aquecida de forma contínua, sem qualquer desidratação térmica anterior. Em seguida tornou-se uma solução com aspecto de gel viscoso e transparente, o produto que originou da combustão foi um produto expandido e volumoso.  Um pó sem fases cristalinas se formou espontaneamente após a combustão com aquecimento forte e contínuo, para todos os índices de combustível/oxidante avaliados, resultaram em um produto acastanhado volumoso, o produto obtido foi identificado como amorfo pela análise de DRX, este resultado indica uma combustão incompleta, provavelmente ocasionada devido as características do combustível utilizado.
Subsequentemente, estes pós foram calcinados a 800, 900, 1000, 1050 e 1100 °C, a uma taxa de aquecimento de aproximadamente 9 K / min, durante 1 h de tempo de imersão.
Foi necessário um bico de Bulsen para aquecer o reservatório. Cada solução foi levada com tampa para evitar perdas de gás. As temperaturas da combustão eram medidas utilizando um pirômetro óptico (modelo 300 AF) e um termopar tipo ajustável.
Os pós obtidos foram analisados e caracterizados por difração de raios-X, microscopia eletrônica de varredura.

3 Resultados e discussão
A reatividade da reação de combustão é dependente dos grupos de ligantes da molécula e da proporção composicional de combustível de nitrato. Por consequência, a reatividade e a fase de produto a partir de nitratos de alumínio com glicina foram investigadas antes da síntese de Al2O3 ser realizada. Há evidências de que o Al iônico pode ser complexado com o grupo amina da glicina. Neste caso, o íon Al é fortemente complexado devido à presença de duas aminas sobre o combustível. Por outro lado, o processo de nitrato de alumínio-glicina promove inferior temperatura de chama adiabática, e um fenômeno de combustão mais lenta em comparação ao mesmo processo com o par alumínio/nitrato de ureia. A natureza auto-sustentável da combustão pode ser clarificados do seguinte modo. A combinação de reagentes químicos contém um oxidante forte e um bom combustível.
Esta mistura precursora, após a desidratação térmica, faz com que a decomposição do nitrato gere óxidos de azoto. A reação exotérmica homogênea de oxidação-redução aumenta a temperatura da mistura viscosa, fazendo-a reagir, o processo de reação ocorre rapidamente e se sustenta até que toda a parte intacta seja consumida.
Os valores obtidos com termopar e pirómetro óptico mostraram diferentes temperaturas de reação, mas não ocorreu diferenças significativas para as temperaturas máximas envolvidas, estes resultados podem ter sido ocasionados devido à uma provável presença de medição imprecisa.
Nenhuma mudança significativa foi verificada na quantidade de água residual da solução, as temperaturas resultantes da chama são reduzidas, devido ao líquido residual provavelmente ter sido convertido para vapor, os precursores que se inflamam em temperaturas relativamente baixas são mais propensos a este efeito. Nenhuma mudança significativa foi verificada na relação entre as quantidades dos pós de alumina formados pelas relações combustível/oxidante das matérias-primas empregadas nos experimentos. Uma eficiência média de 75% de rendimento foi alcançada.

3.1. Modelagem termodinâmica
Reações redox são geralmente exotérmicas e muitas vezes levam a explosão se não forem controladas. A combustão da mistura de nitrato de alumínio/glicina parece sofrer uma auto-propagação com reação exotérmica. Uma mistura estequiométrica de combustível e de oxidante é aquela em que a quantidade de oxidante é teoricamente correta para completar a oxidação.

3.2. Formação de fases e a morfologia
Foi realizada uma análise termogravimétrica e térmica diferencial (TG-DTA,a uma taxa de aquecimento de 5 K / min). A curva de DTA indicou que um componente anterior ao Al2O3 foi decomposto exotermicamente, com picos em 534 e 362 °C. Todas as temperaturas adiabáticas calculadas para as reações de síntese por combustão são muito mais elevadas do que a temperatura de  decomposição do Al (NO3) 3 + 9H2O. A DRX do pó tal como sintetizado também confirmou a formação de uma estrutura amorfa, o que indica a ausência de fase cristalina na solução anterior  para todas as composições.
A formação de alumina cristalina in situ não ocorreu para todas as experiências, porque a temperatura gerada não foi suficiente para promover a cristalização na alumina como era esperado. Após o processo de calcinação a caracterização por DRX revelou a presença cristais de alumina para todas as proporções de glicina/nitrato. Uma quantidade mínima de combustível foi utilizada, com isto a temperatura de entalpia das partículas permanece baixa, o que pode impedir a formação de uma estrutura densa.
A evolução do gás associado resulta na estrutura altamente porosa, isto é, como a quantidade de gás aumenta, aglomerados são mais propensos a quebrar-se e mais porosidade irá ser observada, os resultados tendem a indicar que o combustível tem um papel predominante, os valores obtidos são considerados altos para um combustível considerado pobre, isto provavelmente está sendo compensado pela quantidade de combustível, o que torna a composição rica em combustível.
O aumento do tamanho dos cristalitos está relacionado com o aumento da relação glicina/nitrato. O crescimento dos cristais é atribuído ao aumento da temperatura da chama. Existe uma correlação entre o aumento do tamanho de cristalito e a redução da área superficial em função do teor de combustível no caso da combustão de nitrato-glicina.
A morfologia dos aglomerados de alumina exibiu aglomerados expandidos com ampla distribuição de partículas e presença de espaços vazios ao longo da estrutura. A formação destas características é atribuído à evolução de uma maior quantidade de gás durante a combustão.

4. Conclusão
 A síntese por combustão de Glicina/nitrato tem um excelente potencial para a produção de pós de alumina pura. Área de superfície ótima poderia ser obtida com 0,51 de proporção molar de glicina/nitrato. A modelagem termodinâmica da reação de combustão mostra que quando a relação de combustível/oxidante aumenta a quantidade de gás produzido e a temperatura da chama adiabática também aumenta.

Resumo
Nos últimos anos, cada vez mais atenção tem sido focada no desenvolvimento de materiais nano métricos, este artigo expõe experimentos realizados para a obtenção de pós de alumina nano métricos, estes pós apresentam um elevado potencial para serem utilizados como revestimentos de abrasivos, suportes de catalisadores, isoladores térmicos, materiais de prevenção à poluição, auxiliar de sinterização para a cerâmica, material biocompatível para uso médico e compósitos odontológicos, nanocompósitos para aplicação estrutural e aplicação em componentes elétricos.
 Estes materiais oferecem novas características em comparação com a cerâmica de alumina convencional, devido às suas propriedades, como a elevada dureza, tenacidade, resistência à compressão, a transparência e resistência ao desgaste. A fim de alcançar estes requisitos muitas pesquisas têm se dedicado a encontrar alternativas obtenção de aluminas nano métricas, a síntese por combustão é particularmente um processo de produção fácil, segura e rápida em que a principal vantagem é a economia de energia e de tempo. Este processo rápido, simples pode ser usado para produzir pós-cerâmicos homogêneos de alta pureza.
Este método é versátil para sintetizar uma ampla gama de tamanhos de partículas, incluindo alumina de tamanho nano. A base da técnica de síntese por combustão vem dos conceitos utilizados no campo termoquímico de fabricação de propulsores e explosivos.
A síntese por combustão de Glicina/nitrato tem um excelente potencial para a produção de pós de alumina pura. Área de superfície ótima poderia ser obtida com 0,51 de proporção molar de glicina/nitrato. A modelagem termodinâmica da reação de combustão mostra que quando a relação de combustível/oxidante aumenta a quantidade de gás produzido e temperatura da chama adiabática também aumenta.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Questionário referente ao capítulo 5 do livro de Ciência dos Materiais


1- Elementos de liga influem pouco no módulo de elasticidade. Entretanto, as resistências mecânicas são significativamente afetadas. Por quê?
O módulo de elasticidade está mais relacionado com a matriz da liga, que fornecerá para a liga as principais características em relação ao alongamento, as resistências mecânicas no entanto são afetadas devido a presença de um segundo elemento que altera as resistências mecânicas.

2- Porque as ligas de metais tem maior resistência mecânica do que os metais puros?
As causas do aumento da resistência mecânica são:
- O movimento das discordâncias é dificultado em relação ao elemento puro;
- quanto maior a diferença entre o tamanho dos átomos e a quantidade maior será a modificação em relação ao elemento puro;
- A presença de um elemento intersticial ou substitucional reduz a mobilidade de movimento das discordâncias;
- Um elemento substitucional quando maior compensa a região tracionada, quando menor compensa a região comprimida;
- Para deformar um material com segundo elemento necessita-se de maior energia, levando ao aumento da resistência ao escoamento.

3- Qual a dificuldade de se empregar deformação plástica para obter-se um aumento de resistência mecânica para metais como chumbo, zinco e estanho?
Por que a temperatura de recristalização é baixa, para o chumbo e estanho      -4°C, para o zinco 10° , isto faz com que o material retorne ao seu estado original nesta temperatura (temperatura de recristalização).

4- Qual o efeito da temperatura sobre o módulo de elasticidade e sobre a resistência mecânica de um metal?
Em metais o módulo de elasticidade e a resistência mecânica diminuem com o aumento da temperatura.


5- Qual a diferença entre tensão de cisalhamento crítica e tensão de cisalhamento efetiva?
A tensão de cisalhamento crítica é a tensão mínima necessária para iniciar o escorregamento dos planos dentro de um monocristal, que tem seu início de escorregamento para a direção de orientação que está mais favorável, as tensões de cisalhamento efetivas são as tensões paralelas e perpendiculares à direção de uma tensão por tração ou compressão, as tensões de cisalhamento efetivas não dependem apenas das tensões aplicadas, mas também da orientação do plano de escorregamento e a direção dentro do mesmo plano.

6- Porque metais com tamanho de grão pequeno possuem á temperatura ambiente maior resistência mecânica do que se possuíssem grãos maiores?
Em geral, quanto maior o tamanho do grão mais mole é o material e menor é a sua resistência, os grãos possuem orientações cristalográficas diferentes, e um contorno de grão comum, isto faz com que as discordâncias fiquem impedidas para passar pelo grão e ingressar entre outro grão, ou seja, cada contorno do grão é uma barreira para movimentação das discordâncias, uma das razões da maior resistência em materiais com grãos menores é o fato que o número de contornos de grão é maior em materiais com grãos menores, portanto um tamanho de grão pequeno envolve a diminuição da movimentação das discordâncias e em consequência disto ocorre o aumento da resistência mecânica do material.

7- Porque metais com tamanho de grão grande possuem à elevadas temperaturas maior resistência mecânica do que se possuíssem grãos pequenos?
Quando submetidos à elevadas temperaturas os metais começam a apresentam fenômenos de difusão dentro de suas próprias estruturas, estes fenômenos são de fácil ocorrência quando os grãos são pequenos, a ocorrência elimina as barreiras que impedem a movimentação da discordância, portanto ocorre uma redução da resistência mecânica em materiais com grãos pequenos, em grãos maiores é necessário maior energia para que ocorra este fenômeno, o que torna um material com grão maior mais resistente mecanicamente em relação a um material com grão menor.

8- Os grãos aumentam seu tamanho médio a altas temperaturas? Porque não diminuem a baixas temperaturas?
Uma energia está associada aos contornos de grãos, o crescimento dos grãos ocorre através da migração de contornos de grão, nem todo o grão aumenta de tamanho, os grãos maiores crescem com a diminuição dos menores, desta forma o tamanho médio dos grãos aumenta, para que ocorra esta modificação nos contornos de grão, que é necessária para o crescimento do grão é necessário que o material seja deixado em uma temperatura elevada, isto é, o início do crescimento do grão é uma relação entre o tempo e a temperatura de exposição, e só ocorre acima da temperatura de recristalização, os grãos não diminuem com baixas temperaturas porque o material já está recristaliazado.

9- Explique como um átomo de um elemento liga bloqueia uma discordância em movimento.
Os átomos da liga impõem normalmente deformações na rede cristalina sobre os átomos vizinhos, o resultado disto são interações do campo de deformação da rede cristalina entre as discordâncias e os átomos da liga acrescentada, em consequência disto o movimento da discordância e restringido, a resistência ao escorregamento é maior quando os átomos da liga estão presentes, pois a deformação global da rede cristalina aumenta se uma discordância for separada.

10- Explique os diferentes estágios de fluência.
Fluência é a deformação plástica sofrida ao longo do tempo por um material que é submetido a uma carga ou tensão constante, em uma análise de um gráfico de fluência em função do tempo verificamos três estágios, no primeiro estágio acorre um alongamento inicial instantâneo, neste estágio a taxa de fluência diminui ao longo do tempo, no segundo estágio ocorre uma inclinação constante, a tensão varia proporcionalmente em função do tempo, em consequência de um equilíbrio entre o endurecimento do material e a capacidade de suportar deformações, e no terceiro estágio a taxa de fluência aumenta rapidamente com o tempo, até a ruptura do corpo de prova, nesta etapa a deformação do material é tal que já atingiu o nível microscópio.


11- O que e recuperação, recristalização e crescimento de grão? Descreva esses fenômenos.
A deformação plástica de uma amostra metálica policristalina a temperaturas baixas (em relação a sua temperatura de fusão) produz alterações microestruturais e mudanças nas suas propriedades, uma fração da energia gasta nesta deformação é armazenada no metal na forma de energia de deformação, que está associada as zonas de tração, compressão e cisalhamento ao redor das discordâncias recém criadas, estas propriedades podem se reverter mediante um tratamento térmico, voltando ao seu estado anterior ao trabalho a frio, a restauração ocorrida com este tratamento é chamada de recuperação e recristalização, que pode ser seguida de um crescimento de grão.
A recuperação consiste na liberação da energia interna armazenada após uma deformação, esta liberação de energia ocorre pelo movimento das discordâncias.
A recristalização envolve o crescimento de novos grãos equiaxiais sem a deformação após uma sequencia deformação-recuperação, os novos grãos são estruturas com baixo número de discordâncias.



12- Qual a distinção entre trabalho a frio e trabalho a quente para um metal. Para o tungstênio, por exemplo, qual seria a temperatura limite entre um e outro?
A distinção entre trabalho a frio e trabalho à quente para um metal é dada pelo limite da temperatura de recristalização, define-se a temperatura de recristalização como a temperatura na qual a recristalização atinge o seu término em exatamente 1 hora, para o tungstênio a temperatura de recristalização é 1200°C, acima desta temperatura ocorre o trabalho a quente, abaixo desta temperatura ocorre o trabalho à frio.

13- Descreva a fratura dúctil e a fratura frágil.
Dúctil e frágil são termos relativos, a ductilidade pode ser quantificada em termos do alongamento percentual, e da redução percentual da área, a fratura dúctil é caracterizada por uma extensa deformação plástica na vizinhança de uma trinca que está avançando, na fratura dúctil o processo ocorre de maneira relativamente lenta a medida que o comprimento da trinca se estende, na fartura frágil as trincas podem se espalhar de maneira extremamente rápida, com o acompanhamento de muito pouca deformação plástica, na fratura frágil as trincas são consideradas instáveis, e a sua propagação uma vez iniciada, irá continuar a crescer espontaneamente sem o aumento da tensão que está sendo aplicada.

14- Qual a importância da temperatura de transição. Que estruturas estão mais susceptíveis a transformação dúctil-frágil?
A transição de dúctil para frágil está relacionada com a dependência da absorção da energia de impacto que é medida em relação á temperatura, para muitas ligas existe uma faixa de temperaturas ao longo da qual ocorre esta transição, abaixo da temperatura de transição dúctil-frágil o valor de energia de impacto absorvida é constante, portanto a fratura é do tipo frágil, acima é uma fratura do tipo ductil, este comportamento é encontrado tipicamente em aços com baixa resistência que possuem uma estrutura cristalina CCC, para estes aços a temperatura de transição é sensível tanto a composição da liga como a sua microestrutura.

15- Explique porque um metal monocristalino e mais macio e ductil que um metal policristalino?
Metais monocristalino não possuem variações na geometria do seu arranjo cristalino que impeçam o movimento das discordâncias, metais policristalinos são mais resistentes do que os equivalentes monocristalinos, isto significa que são necessárias maiores tensões para dar início ao escorregamento e ao consequente escoamento, isto ocorre também em função das restrições geométricas que são imposta sobre os grãos durante a deformação, esta resistência do material policristalino o torna menos macio e dúctil quando comparado com um equivalente monocristalino.

16- Qual a possível relação entre resistência mecânica a tração de um metal e o resultado de dureza Brinell? Por quê?
Tanto o limite de resistência à tração como a dureza são indicadores da resistência de um metal á deformações plásticas consequentemente são proporcionais, o aumento de uma das propriedades resulta no aumento proporcional da outra.

17- Qual a possível relação entre resistência mecânica e limite a fadiga de um metal? Por quê?
Quanto maior a resistência mecânica de um material, maiores serão as tensões por ele suportadas, para muitos aços o limite de resistência à fadiga varia de 35 a 60% do limite de resistência à tração, em consequência disto quanto maior a resistência á tração maior será o limite de resistência à fadiga.

18- Em que etapas podem-se dividir o processo de fadiga de um material metálico?
O processo de falha por fadiga é caracterizado por três etapas distintas, a primeira etapa é iniciação da trinca, onde uma pequena trinca se forma em algum ponto de alta concentração de tensões após a aplicação de um determinado número de ciclos de carregamentos, nesta fase a taxa de crescimento da trinca é baixa, a segunda etapa é a propagação da trinca, esta propagação é bem definida e com velocidade elevada, nesta etapa surgem estrias com o avanço da trinca, nesta fase o taxa de crescimento da trinca é elevada, e na terceira etapa ocorre a falha final, que ocorre muito rapidamente depois que a trinca que está avançando atingiu um tamanho crítico e no material não consegue suportar mais a carga aplicada.

19- A presença de discordância contribui positivamente ou negativamente para a deformação plástica de um metal?
A presença das discordâncias aumenta a resistência à deformação plástica, durante a movimentação as discordâncias se multiplicam, a existência de muitas discordâncias impede o movimento de outras (encruamento), então podemos dizer que a presença de discordâncias contribui negativamente para a deformação plástica de um metal, a resistência mecânica aumenta com a presença das discordâncias e a capacidade de deformação plástica diminui.

20- Explique a Figura 1 abaixo.














O material vai perdendo a ductibilidade em função do encruamento gerado pelo trabalho á frio, inicialmente o material é mais dúctil, apresentando maior capacidade de deformação plástica, á medida que o material vai sendo submetido ao trabalho á frio ou endurecimento por trabalho, a sua capacidade de suportar maiores tensões aumenta, devido à movimentação e multiplicação das discordâncias, em consequência a isto ocorre um aumento de resistência e redução da ductibilidade.


21- Relacione a estrutura e as propriedades mecânicas apresentadas na Figura 2.














O gráfico da figura dois ilustra a resistência à tração e a ductibilidade em função do aumento do tamanho do grão e aumento da temperatura de uma liga de latão, o gráfico abaixo representa a recuperação por recristalização e o aumento do grão da liga em função do aumento de temperatura, inicialmente os grãos foram submetidos ao trabalho á frio, ocorrendo a diminuição dos grãos e o aumento das discordâncias, nesta etapa o material consegue suportar à uma deformação tensão maior com menor deformação, a medida que a temperatura aumenta ocorre a recristalização do material, nesta etapa o material se reorganiza e forma novos grãos, ocorre também á medida que a temperatura aumenta o aumento do grão, com a reorganização e aumento do tamanho médio do grão o material tende perder resistência à tração e aumentar sua ductibilidade.

22- O cloreto de sódio e isolante no estado sólido. Entretanto no estado líquido, ele e um bom condutor. Justifique.
Quando O cloreto de sódio está em estado sólido, neste estado os átomos formam um arranjo cristalino, e não existem elétrons livres, a forças da ligação iônica mantém o material estável, portanto neste estado não há condutibilidade elétrica, no estado líquido o cloreto de sódio provavelmente estará dissociado em uma solução, por exemplo, em meio aquoso, neste estado é acrescentado mobilidade aos íons dentro do solvente, o que faz com que a solução conduza eletricidade.

23- As condutividades elétricas da maioria dos metais decrescem gradualmente com a temperatura, mas a condutividade intrínseca dos semicondutores sempre cresce rapidamente com a temperatura. Justifique a diferença.
A queda da condutibilidade elétrica dos metais com o aumento da temperatura se deve ao aumento das vibrações térmicas e de outras irregularidades de rede (por exemplo, as lacunas), que servem como centros de espalhamento de elétrons aumentando a resistividade do material, enquanto que os materiais semicondutores o aumento da temperatura resulta em um aumento da na energia térmica que está disponível para a excitação dos elétrons , desta forma mais elétrons são promovidos para a banda de condução, o que dá origem a maior condutividade elétrica.

24- Por que o efeito da temperatura na condutividade elétrica é, em geral, mais acentuado em um semicondutor do que em um isolante?
O efeito da temperatura em materiais semicondutores e isolantes pode ser relacionado ao modelo de ligação atômica, para os materiais isolantes elétricos a ligação interatômica é iônica ou fortemente covalente, desta forma os elétrons de valência se encontram fortemente ligados, desta forma estes elétrons não estão livres para conduzir, a ligação dos semicondutores é covalente (ou predominantemente covalente) e relativamente fraca, neste caso os elétrons de valência não estão firmemente ligados aos átomos, consequentemente estes elétrons são mais facilmente removidos por excitação térmica do que os elétrons dos materiais isolantes.



25- A adição de pequenas quantidades (menos de um ppm) de arsênio no germânio aumenta drasticamente sua condutividade elétrica (semicondutor do tipo n), enquanto que a adição de pequenas quantidades (menos de um ppm) de gálio no germânio também aumenta drasticamente sua condutividade elétrica (semicondutor do tipo p). Explique estes dois comportamentos.
O átomo de arsênio corresponde a um semicondutor tipo “n”, com cinco elétrons de valência, ao se incorporado em uma matriz de germânio só quatro de seus elétrons formarão ligações com os elétrons vizinhos, deixando um livre  com energia de ligação relativamente pequena, desta forma ele é removido com facilidade do átomo de impureza, se tornando um elétron livre ou de condução, no caso Ga dentro do Ge, geram-se semicondutores tipo “p”, onde, em lugar de um elétron livre, falta um elétron dentro da ligação e forma-se um buraco que se encontra fracamente ligado ao átomo da impureza, o elétron e o buraco trocam de posições, quando em movimento o buraco é considerado em um estado excitado, a movimentação sofrida pelo buraco ocasiona a condução de eletricidade dentro deste tipo de semicondutores.

26- Por que a deformação plástica de um metal ou liga aumenta sua resistividade elétrica e o posterior recozimento a diminui?
A deformação plástica aumenta a resistividade elétrica dos materiais em consequência do maior número de discordâncias que causam o espalhamento dos elétrons, quando o material é recozido ocorre uma recristalização, em consequência da recristalização ocorre à redução das discordâncias e defeitos cristalinos, reduzindo o espalhamento e aumentando a mobilidade dos elétrons, isto reduz a resistividade elétrica.

27- Por que pequenas adições de soluto aumentam a condutividade elétrica do germânio e diminuem a do cobre?
No germânio existem buracos dentro da matriz que poderão movimentar-se com a presença de um soluto, aumentando a condutividade elétrica, no cobre quando adicionado um soluto vai ocasionar em um excesso de elétrons livres, que irão impedir a sua própria movimentação, deixando a transmissão de energia mais lenta e aumentando a resistividade elétrica.

28- Pode um condutor metálico apresentar os fenômenos de ferroeletricidade e/ou piezoeletricidade?
A ferroeletricidade e a piezoeletricidade são propriedades elétricas  características de materiais com geometria de molécula assimétrica e ligações iônicas, os materiais metálicos apresentam uma estrutura uniforme e mesma carga para cada átomo propriedades opostas às necessárias para os fenômenos ferroeletricidade e piezoeletricidade.

29- Qual a diferença entre condução eletrônica e condução iônica?
Uma corrente elétrica resulta do movimento de partículas eletricamente carregadas em resposta às forças que atuam sobre elas á partir de um campo elétrico aplicado externamente, na maioria dos materiais sólidos, uma corrente tem origem á partir do escoamento de elétrons, que forma a condução eletrônica, condução iônica é quando é possível um movimento líquido de íons carregados produzindo uma corrente elétrica.

30- Em termos de bandas de energia eletrônica discuta a razão para a diferença na condutividade elétrica entre metais, semicondutores e isolantes.
A diferença de condutividade elétrica dos metais, semicondutores e isolantes está relacionada com o espaçamento entre as bandas de energia, os metais apresentam elétrons livres na banda de valência e na banda de condução, neste caso pode-se dizer que nos metais o espaçamento entre as bandas está preenchido com elétrons livres, alguns metais apresentam superposição das bandas de valência e de condução. Os semicondutores apresentam a banda de valência separada da banda de condução por um espaçamento entre as bandas, os elétrons da banda de valência só precisam de uma quantidade baixa de energia para se promoverem para a banda de condução. No caso dos isolantes os espaçamentos entre as bandas são relativamente grandes, para promover um elétron da banda de valência até a banda de condução é preciso fornecer uma quantidade alta de energia.


31- Quais são as principais diferenças e similaridades entre um material:
(a) Diamagnético e paramagnético;
Entre as similaridades dos materiais diamagnéticos e paramagnéticos está a característica de que os dois materiais são magnéticos , e sua magnetização ocorro somente com a presença de um campo magnético, a principal diferença é de que os materiais diamagnéticos, quando submetidos ao campo, geram um momento magnético muito pequeno em direção oposta ao campo, os paramagnéticos geram momentos magnéticos na mesma direção do campo.
(b) Ferromagnético e ferrimagnético?
Os materiais ferromagnéticos e ferrimagnéticos apresentam praticamente o mesmo comportamento com a presença de dipolos magnéticos permanentes em ausência de um campo magnético externo, a diferença entre eles é que os ferromagnéticos, por serem metais apresentam os momentos magnéticos determinados pelos elétrons, enquanto que os materiais ferrimagnéticos, que são geralmente óxidos metálicos, têm momentos magnéticos determinados pelas cargas dos íons que estão presentes na molécula, cujos spins não ficam cancelados por completo.

32- O que e material magnético mole?
Um material magnético mole é aquele que apresenta perdas de energia baixas, um material magnético mole deve possuir uma elevada permeabilidade inicial, além de uma baixa coercividade, este material pode atingir a sua magnetização de saturação com a aplicação de um campo relativamente pequeno, isto permite que este material possa ser magnetizado e desmagnetizado com facilidade com baixas perdas de energia por histerese.

33- O que e magnetico duro?
Um material magnético duro retém o magnetismo mesmo na ausência de um campo magnético externo, um magnético duro possui remanência, coercividade, e densidade do fluxo de saturação elevadas, assim como baixa permeabilidade inicial e grandes perdas de energia por histerese, estes materiais mesmo quando submetidos a um campo magnético externo conseguem induzir um campo magnético grande.

34- Desenhe um ciclo de histerese para um material magnético mole (por exemplo, ferro) recozido. Como a deformação plástica a frio altera o ciclo de histerese deste material?














A deformação plástica á frio reduz o tamanho do grão e produzem discordâncias nos metais, os defeitos estruturais tendem a restringir o movimento das paredes do domínio, e desta forma aumentar a coercividade, a presença de defeitos estruturais faz com que seja necessário um campo magnético muito forte para magnetizar o material.

35- Explique porque materiais ferromagnético podem ser permanentemente magnetizados, enquanto materiais paramagnéticos não podem.
Os materiais paramagnéticos não podem ser magnetizados permanentemente porque eles perdem a orientação ordenada dos spins quando elimina-se o campo magnético ao que estão submetidos, enquanto que os materiais ferromagnéticos ao serem submetidos a campos magnéticoa muito fortes podem mudar a orientação dos spins magnéticos, e com a energia fornecida podem manter a nova orientação adquirida.

36- Qual e a diferença entre a estrutura cristalina espinélio e espinélio inverso?
A estrutura do espinélio é do tipo AmBnXp, nesta estrutura os íons O -2 formam um arranjo CFC enquanto os íons de Fe+2 enchem os sítios octaédricos e os Fe+3 localizam-se nas posições tetraédricas, as estruturas de espinélio inverso possuem simetria cúbica similar à do espinélio, nesta estrutura os cátions Fe+2 ocupam as posições tetraédricas, enquento que os cátions Fe+3 ocupam as octaédricas, as diferentes posições do Fe+2 são responsáveis pela magnetização do material.

37- Explique brevemente porque a magnitude de saturação de magnetização diminui com o aumento da temperatura para um material ferromagnético e porque o comportamento ferromagnético cessa acima da temperatura de Curie.
A magnetização de saturação é máxima na temperatura de 0 K, nesta condição as vibrações térmicas são mínimas, com o aumento da temperatura, a magnetização de saturação diminui gradualmente, então cai abruptamente para zero, esta temperatura é conhecida como temperatura Curie, as alterações nos momentos magnéticos são geradas pelas vibrações em consequência do aumento de temperatura reduzindo gradativamente magnetização de saturação.

38- Em um dia frio, as partes metálicas de um carro causam maior sensação de frio que as partes de plástico, mesmo estando na mesma temperatura. Justifique.
A diferença está na condutividade térmica dos materiais, o metal apresenta maior condutividade térmica que os plásticos, isto faz com que este material libere a energia mais rapidamente para o ambiente, no plástico existem diferentes condutividades, que perdem a sua energia interna a uma taxa menor e conseguem manter energia por mais tempo, o metal pode apresentar vibrações fortes devido á sua estrutura cristalina, enquanto que os plásticos apresentam uma estrutura amorfa, por onde as vibrações tem mais impedimentos para se transmitirem.

39- Justifique as afirmativas a seguir:
(a) a condutividade térmica de um poli cristal e ligeiramente menor que a de um monocristal (do mesmo material).
O policristal apresenta diferenças nos arranjos cristalinos que dificultam a passagem das vibrações da rede, dificultando a transferência de energia e reduzindo a condutividade térmica, em um monocristal não existem impedimentos para a condutividade, às vibrações da rede são uniformes o que o torna mais condutivo termicamente.

(b) uma cerâmica cristalina e geralmente melhor condutora térmica que uma
cerâmica amorfa.
Dentro de uma estrutura amorfa as vibrações encontram um caminho impedido para se transferirem, portanto a energia fica dentro da estrutura, neste caso a condução térmica é pouco eficiente e ocorre a uma taxa pequena, em um material cristalino a rede oferece um caminho adequado para transferências das vibrações ao longo da rede facilitando a condutividade.

40- Defina nível de Fermi.
O nível de Fermi é relacionado a energia que corresponde ao estado de preenchimento mais elevado de elétrons a 0 K nos materiais sólidos.

41- A condutividade elétrica do alumínio e cerca de 20 ordens de grandeza maior que a da alumina. Por outro lado, a condutividade térmica do alumínio e apenas 8 vezes maior que a da alumina. Justifique.
A alumina é um material que se encontra em equilíbrio energético em consequência da ligação iônica, a molécula é eletricamente neutra e não possui cargas que possam ser movimentadas, o alumínio apresenta um número muito maior de elétrons livres na estrutura cristalina, que se movimentam para conduzir eletricidade. Porém a alumina apresenta dois tipos diferentes de átomos que fazem com que a transferência de energia por vibrações seja maior, isto aumenta a condutividade térmica da alumina, o alumínio apresenta elétrons livres e vibrações como formas para transferir energia térmica, a diferença entre o alumínio e seu óxido e menor se for comparada com a diferença de condutividade elétrica entre ambos.

42- A condutividade térmica da alumina é maior que a condutividade térmica de um aço inoxidável austenítico do tipo 316 (Fe-19%Cr-11%Ni-2,5%Mo). Como você justifica o fato de um material cerâmico ser melhor condutor de calor que um material metálico?
Para metais a presença de elementos de liga e/ou impurezas dentro do arranjo cristalino diminui a condutividade térmica, pois eles criam obstáculos para o caminho de movimentação dos elétrons e assim dificultam a transferência de energia reduzindo a condutividade , a alumina possui uma estrutura cristalina bem definida e dentro dala o transporte de energia  é feito via vibrações de rede, neste caso resulta em um material mais eficiente na movimentação eletrônica, o que resulta em uma maior condutividade, quando comparado ao aço do tipo 316.

43- Explique brevemente a expansão térmica usando a curva do potencial de energia versus a distância interatômica.












A dilatação térmica dos sólidos tem origem na variação assimétrica da energia de ligação com a distância interatômica, com o aquecimento os átomos aumentam a frequência e amplitude de vibração, isto faz com que a distância média entre os átomos aumente ocasionando na expansão térmica.

44- Compare o efeito da temperatura sobre a condutividade térmica e elétrica para materiais cerâmicos e metálicos.
Para os metais, a condutividade térmica aumenta com a temperatura, pois o transporte de energia térmica através de vibrações da rede cristalina e a movimentação de elétrons está facilitado, entretanto a condutividade elétrica diminui com o aumento da temperatura porque os elétrons movimentam-se em excesso, com isto tomam caminhos por onde perdem energia e fazem ineficiente a condução de eletricidade, o efeito da temperatura e a relação das condutividades térmica e elétrica para os metais são dados pela lei de Wiedemann Franz:
L=k/σT
Onde L é a constante de Wiedemann Franz e que varia segundo o metal, k é a condutividade térmica, σ a condutividade elétrica e T a temperatura.
A condutividade térmica dos cerâmicos é determinada pela vibração do arranjo cristalino; a condutividade elétrica em geral é baixa devido a pouca movimentação de elétrons, na maioria dos cerâmicos sem poros a condutividade diminui com a temperatura, enquanto ela aumenta para materiais porosos. No relacionamento com a condutividade elétrica dos materiais cerâmicos, eles apresentam condução predominantemente iônica; portanto devem se formar defeitos como vacâncias e deslocamentos de íons com o aumento da temperatura, com isto o aumento de temperatura aumenta também a condutividade térmica.

45- Para cada um dos pares de material apresentado decida qual deles tem a maior condutividade térmica. Justifique sua resposta.
(a) Prata pura; prata esterlina (92,5 Ag e 7,5 Cu % em peso);
Neste caso a prata pura apresenta maior condutividade térmica por não possuir átomos de impurezas que possam espalhar elétrons e impedir uma transferência de energia.
(b) Silica fundida; sílica policristalina;
A sílica policristalina apresenta maior condutividade térmica, porque contém menor número de defeitos que a sílica fundida, o material fundido pode apresentar mais de um tipo de defeito, como poros, os quais se constituem como uma resistência térmica, reduzindo a condutividade térmica.

46- A pele humana e relativamente insensível a luz visível, mas a radiação ultravioleta pode ser-lhe bastante destrutiva. Isto tem alguma relação com a energia do fóton? Justifique.
O comprimento de onda da radiação ultravioleta é menor que o da luz visível, portanto a radiação UV tem maior energia, este valor de energia da luz UV é suficiente para romper as cadeias de carbono que conformam a pele humana, a exposição a este tipo de radiação causa queimaduras e outros tipos de danos ao curto e longo período de tempo.

47- Quais as principais diferenças e similaridades entre um fóton e um fônon?
Fóton é o pacote de energia da luz, fônon é o quanto de energia térmica é transmitida por vibrações, o comportamento do fóton é do tipo eletromagnético e do fônon é mecânico, a similaridade é que a energia deles depende dos seus comprimentos de onda.

48- Quando um corpo e aquecido a uma temperatura muito alta ele se torna luminoso. À medida que a temperatura aumenta a sua cor aparente muda de vermelho para amarelo e finalmente para azul. Explique.
Quando um corpo absorve energia, os elétrons que fazem parte de sua estrutura promovem-se de estado. A energia absorvida por cada elétron corresponde a um comprimento de onda da sua cor.

49 O silício não é transparente a luz visível, mas é transparente a radiação infravermelha. Justifique
Quando um feixe de radiação infravermelha é incidido em uma chapa de silício, este feixe vai atravessar totalmente a chapa, portanto o silício é transparente para esta radiação, isto se deve a estrutura cristalina tipo diamante do silício que forma uma rede com muito poucos defeitos que interfeririam no caminho do feixe. No caso de um feixe de luz visível quando incide no silício algumas faixas de energia são absorvidas, como resultado tem-se um material opaco.
  
50 Um cristal de KCl é irradiado com raios ᵞ e adquire a cor purpura. O cristal é colocado em um dessecador na temperatura ambiente. Com o passar do tempo, o cristal vai perdendo a cor. Justifique este comportamento.
Quando o cristal de KCl é irradiado com raios ү, aumenta a sua temperatura em consequência da absorção de energia para o comprimento de onda da cor púrpura, ao voltar a temperatura ambiente, a energia absorvida é liberada e deixa de transmitir a maior parte da luz visível, perdendo a cor.

51- Por que alguns materiais transparentes são incolores e outros são coloridos? Por que a adição de zinco muda a cor do cobre?
Um material transparente é incolor porque permite a passagem de toda a luz do espectro visível. Quando ele é colorido ele pode absorver algumas longitudes de onda do espectro e transmitir outras, este fenômeno é conhecido como adsorção seletiva. Ao adicionar o zinco no cobre, muda-se as longitudes da onda que são correspondentes à energia que a liga pode absorver, em comparação com o cobre puro.