Questionário referente ao capítulo 3 do livro de ciència dos materiais
1-
Quais são os níveis de ordenação dos átomos em um sólido e como diferem entre
si?
Os níveis de ordenação são medidos de acordo
com a regularidade na qual os átomos ou íons se dispõem em relação ao seu
vizinho, considerando ângulos, distâncias e simetria da ordenação. Podem
classificar-se em ordem de longo alcance, que são os cristais, e podem aparecer
nos metais, em muitas cerâmicas e em alguns polímeros, ordem de curto alcance
que pode aparecer em vidro e em polímeros e sem ordenamento que é característico
dos gases.
2- O
que se entende por estrutura cristalina de um material?
Uma estrutura cristalina é aquela em que os
átomos estão situados de acordo com uma matriz que se repete, ou que é
periódica ao longo de grandes distâncias atômicas, isto é, existe ordem de
longo alcance e quando ocorre um processo de solidificação, os átomos se
posicionam de acordo com um padrão tridimensional repetitivo, onde cada átomo
está ligado aos seus átomos vizinhos mais próximos.
3- O
que é a célula unitária de uma rede cristalina.
São pequenos grupos de átomos que formam um
padrão repetitivo, o cristal se subdivide em pequenas entidades repetitivas
chamadas células unitárias, que consistem em paralelepípedos ou prismas com
três conjuntos de faces paralelas, uma célula unitária consiste na unidade
estrutural básica (ou bloco) da estrutura cristalina em virtude de sua
geometria e das posições dos átomos em seu interior.
4-
Quantos e quais são os sistemas cristalinos? Como diferem entre si? Quais são
suas características?
Os sistemas cristalinos se dividem em 7
sistemas cristalinos e podem formar 14 redes bravais, são eles:
Cúbico; simples (CS), cúbico de face centrada
(CFC) e cúbico de corpo centrado (CCC).
Tetragona; simples e de corpo centrado.
Hexagonal;
Triclínico;
Ortorroômbico; simples, de base centrada, de
corpo centrado e de face centrada.
Monoclínico; simples e de face centrada.
Estes sistemas diferem entre si através das
medidas das arestas e dos ângulos entre os eixos, que formam uma simetria
particular de cada um, e do número de átomos presentes na célula unitária, as
principais características de um sistema cristalino são a simetria com os
vizinhos, as distâncias de parâmetro de rede e os ângulos entre as arestas.
5- O
que é parâmetro de rede da célula unitária?
O parâmetro de rede da célula unitária está
baseado na geometria da célula unitária, neste arranjo de um sistema de
coordenadas x, y, z, e coincidem com
uma das três arestas do paralelepípedo que se estendem a partir deste vértice,
a geometria da célula unitária é completamente definida em termos de seis
parâmetros, os comprimentos das arestas, a,
b, c, e os três ângulos entre os eixos,
α, β, ү.
6-
Faça uma lista de metais com estrutura cristalina hexagonal, outra com metais
CFC e CCC.
Hexagonal compacta (HC):
Cádmio;
Cobalto;
Titânio (α);
Zinco.
Cúbica de Face Centrada (CFC):
Alumínio;
Chumbo;
Cobre;
Níquel;
Ouro;
Platina;
Prata;
Cúbica de Corpo Centrado:
Cromo;
Ferro (α);
Molibdênio;
Tântalo;
Tungstênio.
7-
Quantos tipos de células unitárias são conhecidas. Que são redes de Bravais?
São conhecidos 14 tipos de células unitárias
que definem os sete sistemas cristalinos no espaço tridimensional, as redes
descritas por estes sistemas podem ser primitivas (apenas um átomo por célula
unitária) ou não primitiva (mais de um átomo por célula unitária) estes 14
tipos de células unitárias resultam em 14 tipos de redes cristalinas, a quais
recebem o nome de redes de Bravais em homenagem a Auguste Bravais que propôs o
sistema de classificação em 1850.
8-
Qual o número de átomos (ou número de pontos de rede) das células unitárias do
sistema cúbico para metais?
São encontradas três estruturas cristalinas
relativamente simples para a maioria dos metais mais comuns e uma das
principais características são o número de átomos (ou número de pontos de rede)
presentes nas células unitárias, são células unitárias presentes em metais:
Cúbica de Faces Centradas: 4 átomos presentes
na célula;
Cúbica de Corpo Centrado: 2 átomos presentes
na célula;
Hexagonal Compacta: 6 átomos presentes na
cálula.
9-
Determine as relações entre o raio atômico e o parâmetro de rede para o sistema
cúbico em metais.
Cúbica Simples (CS):
Cúbica de Faces Centradas (CFC):
Cúbicas de Corpo Centrado:
Hexagonal Compacta:
10-
Número de coordenação: o que é e do que depende? Quais são os números de
coordenação nas células unitárias dos metais?
O número de coordenação é o número de
vizinhos mais próximos de uma célula unitária, e depende da covalência ou
número de ligações covalentes que um átomo pode compartilhar e do fator de
empacotamento cristalino da célula unitária. Segue abaixo os números de
coordenação das células unitárias presentes na maioria dos metais.
Cúbica Simples (CS): NC = 6
Cúbica de Face Centrada (CFC): NC = 12
Cúbica de Corpo Centrado (CCC): NC = 8
Hexagonal Compacta (HC): NC = 12
11-
O que é fator de empacotamento em uma célula unitária? Calcule o fator de
empacotamento para as células cúbicas para metais.
O fator de empacotamento (FE) é a fração de
volume da célula unitária efetivamente ocupada por átomos, assumindo que átomos
são esferas rígidas.
Cúbica simples (CS):
Cúbica de Corpo Centrado (CCC):
Cúbica de Face
Centrada (CFC):
Hexagonal Compacta (HC):
12-
Calcule a densidade do FeCFC e FeCCC.
Fe – CCC
Fe CCC, que tem um
a0 de 2,866A e massa atômica de 55,85 g/g.mol.
Fe – CFC
13 Quantas células unitárias estão presentes
em um centímetro cúbico do Ni - CFC?
14-
O que é alotropia? O que é anisotropia?
Alotropia é o fenômeno no qual um sólido
(metálico ou não metálico) de elementos puros pode apresentar mais de uma
estrutura cristalina, dependendo da temperatura e da pressão.
Anisotropia é a característica de um material
cristalizado de reagir diferentemente segundo a direção de propagação de um
determinado fenômeno físico, e está relacionado com a direção em que o cristal
está formado e com o espaçamento atômico ou iônico, normalmente esta
característica está relacionada a materiais monocristalinos.
15- O que é distância interplanar.
É à
distância de dois planos com os mesmos índices de Miller
16-
Determine:
a) Os índices de Miller para as direções das
Figuras 1 e 2.
b) Determine os índices de Miller para os
planos das Figuras 3 e 4.
Figura 1
A = [1 -1 -1/2] = [2 -2 -1]
B = [-1 0 -1]
C = [1 -1 1]
D = [-1/4 1 -2/3] = [-3 12 -8]
Figura 3
A = (1/2 3/4 1) = (2 3 4)
B = (2 1 1/4) = (8 4 1)
C = (1 0 1/4) = ( 4 0 1)
17-
O lantânio tem uma estrutura CFC abaixo de 865oC com a=5.337 A, mas tem
uma estrutura CCC com a=4,26 A acima de 865°C. Calcule a troca de volume
quando La passa por 865°C. La expande ou contrai se lhe fornece energia a essa
temperatura?
La CFC que tem aoCFC =
5,337 A.
La CCC que tem aoCCC =
4,26 A.
La contrai com a energia fornecida e o
aumento de temperatura.
18-
Calcule a densidade linear e o fator de empacotamento linear nos sistemas:
a) CS para a direção [011]
b) CCC para a direção [111], supondo ligações
metálicas entre os átomos e que o parâmetro de rede seja 4 Å.
19-
Para um metal hipotético com parâmetro de rede de 0,4 nm calcule a densidade
planar:
A)
de um plano (101) para a célula CCC.
B)
do plano (020) de uma célula CFC.
20-
Para o cobre: qual é o espaçamento de repetição (vetor de Burgers) dos átomos
na direção [211]?
21-
Como podem apresentar-se os compostos cerâmicos de estrutura AX? Descreva-os.
Os materiais cerâmicos comuns são aqueles em
que existem números iguais de cátions e ânions, são denominados AX onde A
representa o cátion e X representa o ânion, nas estruturas AX os cátions ocupam
4 das8 posições intersticiais tetraedrais possíveis e os íons se tocam pela
diagonal do tubo.
22-
Como podem apresentar-se os compostos cerâmicos de estrutura AmXp? Descreva-os.
Nas estruturas AmXp existe
uma relação de um cátion para cada 2 ânions, cada átomo A tem oito vizinhos X,
a estrutura é cubica de face centrada e este composto cerâmico apresenta 8
interstícios octaédricos ocupados, os locais octaédricos ocupados mantém a
neutralidade devido a valência.
23-
Como podem apresentar-se os compostos cerâmicos de estrutura AmBnXp? Descreva-os.
A estrutura AmBnXp
apresenta um óxido duplo com dois cátions, a sua estrutura é mais complexa
devido a presença de mais um átomo na célula unitária, esta estrutura por ser
usada em materiais magnéticos não metálicos aplicados em componentes
eletrônicos.
24-
Defina a constante de Madelung. Qual é seu significado físico?
A constante de Madelung é uma definição
precisa da energia de uma particular estrutura cristalina com relação ao mesmo
número de moléculas isoladas, representa a energia eletrostática do cristal,
com relação à energia do mesmo número de moléculas individuais. Razão entre a
energia de ligação do íon na rede cristalina e a energia de ligação do íon na molécula.
25 Baseado na razão entre os raios e a
necessidade de balanço de cargas da estrutura cúbica, qual o arranjo atômico do
CoO?
0,65<r/R<1,67
r/R=0,389
O arranjo atômico pode ser CFC ou HC.
26-
Baseado no raio iônico, determine o número de coordenação esperado para os
seguintes compostos:
a)FeO
r/R=0,65/1,72
r/R=0,378
NC=4
b)CaO
r/R=0,65/2,23
r/R=0,291
NC=4
c)SiC
r/R=0,91/1,46
r/R=0,62
NC=6
d)PbS
r/R=0,1,09/1,81
r/R=0,602
NC=6
e)B2O3
r/R=0,65/1,17
r/R=0,555
NC=6
27-
Calcule a densidade do composto CdS.
r(S)=1,09 R(Cd)=1,71
r/R=0,148/0,184
r/R=0,804 NC=8 CS(cubico simples)
A0=(2R+2r)
A0=(2*0,184+2*0,148)
A0=0,664
Massa cél.unit=2,4X10-22g
Volume cél. Unit=0,292
Ρ=2,4*10-22g/0,664*10-27m3
ρ=3,61*105g/m3
ou 0,361g/cm3
28-
Descreva a estrutura cristalina do Al2O3.
Estrutura do tipo AX2 onde 2/3 dos
locais tetraédricos estão ocupados por Al3, este composto mantém sua
neutralidade elétrica devido a valência.
29-
Descreva a estrutura cristalina tipo perovskita. Cite um exemplo.
É uma estrutura do tipo NaBmXp
que possui um óxido duplo com dois cátions, sua estrutura é mais complexa
devidoa presença de mais um átomo.
30-
Descreva a estrutura cristalina tipo espinélio. Cite um exemplo.
A estrutura do espinélio é formada por dois
metais de valência diferente, onde um forma um interstício tetraédrico e outro
um interstício octaédrico o ânion forma a rede CFC, um exemplo é o FeAl2O4.
31-
Descreva a estrutura cristalina “cúbica tipo diamante”. Cite exemplos de
materiais que cristalizam nessa estrutura.
A estrutura cristalina do diamante é
característica pela ocupação dos interstícios, por ser totalmente covalente e
sua forma é metaestável, seus átomos se tocam pela diagonal do cubo, são
exemplos de materiais que cristalizam com esta estrutura o Ge, o Si e o Pb.
32-
Comente a cristalinidade de materiais poliméricos.
O estado cristalino pode existir nos
materiais poliméricos, entretanto uma vez que os polímeros envolvem moléculas
em lugar de apenas átomos ou íons, como ocorre com os metais e cerâmicas, os
arranjos atômicos serão mais complexos no caso dos polímeros, a cristalinidade
em polímeros é o empacotamento ou a compactação das cadeias poliméricas, de tal
modo que produzem uma matriz atômica ordenada, um polímero nunca é 100%
cristalino, é formado por regiões cristalinas e regiões amorfas, as regiões
cristalinas normalmente estão envolvidas por uma matriz amorfa composta por
células com orientação aleatória.
33-
Descreva a estrutura não-cristalina dos vidros. O que são pontes-de-oxigênio e
modificadores de redes?
A estrutura do vidro possui unidades
estruturais repetitivas, não tem ordem nem na primeira vizinhança, o que torna
a estrutura não cristalina, os vidros inorgânicos à base de sílica, aos quais
foram adicionados outros óxidos, como o CaO e o Na2O, estes óxidos
adicionados não formam redes poliédricas, ao contrário, seus cátions são
incorporados no interior através de pontes de oxigênio e modificam a rede, por
esta razão estes aditivos óxidos são chamados de modificadores de rede.
34-
Como pode-se obter informações sobre estrutura cristalina de materiais a partir
da difração de raio-X?
A luz visível tem comprimento de onda da
ordem de 1000nm, quando um feixe de raios X é dirigido à um material
cristalino, esses raios são difratados pelos planos dos átomos ou íons dentro
do cristal, na interferência construtiva, com feixes em fase, a diferença no
comprimento da trajetória dos feixes do raio-X adjacentes é um número inteiro
de ү, através dos valores obtidos pode-se chegar as informações sobre a
estrutura cristalina dos materiais.
35-
Nos exercícios em que você calculou a densidade teórica de metais ou compostos,
esta difere dos valores que você obtém na prática analisando sólidos mesmo com
porosidade nula. A que se deve a diferença? E qual sua conseqüência?
A diferença entre o valor teórico e o valores
reais podem ser diferentes devido aos defeitos cristalinos presentes nos
materiais, a consequência destes defeitos é a perda de propriedades.
36-
Que tipo de defeitos podem ocorrer num cristal. Quais são os defeitos pontuais?
Descreva-os.
Defeitos pontuais: Vacâncias, átomos
intersticiais, átomos substitucionais, defeito de Frenkel e Schottky.
Defeitos Lineares: Discordâncias.
Defeitos planares: superfícies internas e
externas, interfaces (falhas de empilhamento, contorno de fases.
Defeitos volumétricos: estruturas amorfas ou
não cristalinas.
Defeitos pontuais:
Vacâncias ou lacunas: é a falta de um átomo
na rede cristalina, pode resultar no empacotamento imperfeito na solidificação
inicial.
Defeito intersticial: quando um átomo é
abrigado por uma estrutura cristalina, principalmente se esta tiver um baixo
fator de empacotamento.
Defeito substitucional: quando um átomo é
deslocado de sua posição original por outro, e conforme o tamanho pode
aproximar os átomos da rede, separar os átomos da rede, e como consequência pode
ocorrer à distorção da rede.
Defeito de Frenkel: um íon desloca-se de sua
posição na rede para uma posição intersticial.
Defeito de Schottky: é a lacuna de um par de
íons.
37- Classifique
os defeitos pontuais quanto à forma, origem e estequiometria.
Defeitos pontuais quanto à forma:
- Vacância;
- Átomo intruso;
- Schottky;
- Frenkel.
Quanto à origem do defeito:
- Intrínseco;
- Extrínseco.
Quanto à estequiometria:
- Não estequiométrico; - sub rede de cátions;
- sub rede
de ânions.
38-
O que são defeitos não-estequiométricos?
Os defeitos não estequiométricos são os
defeitos que formam sub redes de cátions e sub redes de ânions, estes defeitos
podem ser dominantes compensadores, e
podem gerar deficiência no metal ou metal em excesso respectivamente.
39-
O que são defeitos extrínsecos e intrínsecos?
Os defeitos intrínsecos surgem no material
apenas pelo efeito da temperatura, as vacâncias, defeitos do tipo Schottky e
tipo Frenkel são intrínsecos e estão presentes em materiais puros, defeitos intrínsecos
termodinamicamente devem estar presentes em uma estrutura cristalina, o
surgimento destes defeitos se deve a energia de formação, os cristais são
preparados à altas temperaturas, intrinsecamente mais defeitos estarão presentes
em maiores temperaturas.
1. A concentração
de defeitos intrínsecos aumenta muito com a temperatura.
2. O cálculo da
energia absoluta de formação e da concentração de defeitos pode não ser possível,
pois o valor do termo S é incerto.
3. A energia de
formação dos três tipos possíveis de defeitos intrínsecos pode ser diferente dependendo
do tipo de estrutura cristalina, raio iônico, polaribilidade; logo deve ser determinada
experimentalmente.
4. Em halogênios
alcalinos hF é muito grande, e observa-se predominantemente defeitos Schottky.
5. Na estrutura
tipo fluorita hF é pequeno, logo observa-se freqüentemente defeitos Frenkel.
6. Em óxidos, hSch é cerca de 2 a 3 vezes maior que em
halogênios alcalinos, a concentração de defeitos é muito pequena e só apresenta
importância em altas temperaturas.
Os defeitos extrínsecos são caracterizados
por serem defeitos que vêm de fora do cristal, não são gerados pela
temperatura, são criados por diferentes mecanismos, a presença de impurezas, as
adições intencionais, a mudança de valência, a mudança na pressão de oxigênio
externa, os defeitos extrínsecos na estrutura devido a incorporação de íons
levam a formação de soluções sólidas intersticial ou substicional aliovalente e
isovalente.
40-
O que é íon aliovalente e íon isovaente?
Isovalente é uma solução sólida intersticial
ou substicional com valência igual, são incorporados de forma simples, deve-se
considerar a interação elástica resultante da diferença dos raios iônicos,
neste caso aplica-se a regra de Hume-Rothery para determinar o tipo de solução
sólida formada.
Aliovalente é a solução solida intersticial
ou substicional com diferente valência, e é caracterizado pelo excesso de
cargas introduzidas que causam grande concentração de defeitos na rede
cristalina, o tipo de defeito depende da energia de formação, os defeitos de
Schottky e Frenkel são exemplos de defeitos aliovalentes.
41 Calcule o número de vacâncias por cm3 e o
número de vacâncias por átomo de cobre:
(a) a temperatura ambiente;
(b) a 1084oC (justo acima do ponto de fusão.
83,6 kJ são necessários para produzir uma vacância no cobre).
42-
Quais as conseqüências de um defeito tipo Frenkel na rede, por exemplo, do MgO?
O aumento da concentração de um elemento incorporado
na rede.
43-
Supondo o parâmetro de rede do CsCl de 4,0185 A e a densidade de 4,285 Mg/m3,
calcular o número de defeitos Schottky por célula unitária.
44-
O que é a notação de Kröger-Vink. Utilize esta notação para representar:
A notação de Kroger-Vink explica e representa
os principais tipos de defeitos pontuais em sólidos iônicos.
45-
O que são discordâncias e como podem ocorrer?
Discordâncias consistem em defeitos lineares
ou unidimensionais em torno do qual alguns átomos estão desalinhados, são
associadas à cristalização e a deformação, sua origem pode ser térmica,
mecânica e por supersaturação de defeitos pontuais, este tipo de defeito pode
ser responsável pela deformação, falha ou rompimento de um material.
46-
Qual o significado do vetor de Burgers? Qual a relação entre a discordância e a
direção do vetor de Burgers para cada tipo de discordância?
A magnitude e a direção da distorção da rede
cristalina que está associada a uma discordância é expressa através de termos
de vetores, os vetores de de Burgers, estes vetores são associados
respectivamente ás discordâncias aresta, espiral e mista, a natureza de uma discordância
é definida pelas orientações relativas a linha da discordância e do vetor de
Burgers.
O vetor de Burgers fornece a magnitude e a
direção de distorção da rede, corresponde à distância de deslocamento dos
átomos ao redor da discordância. Na discordância em espiral o vetor de Burger é
paralelo á direção da linha de discordância, na discordância em cunha o vetor
de Burgers é perpendicular à discordância em cunha.
47-
Defina grão. O que é contorno de grão. Que tipo defeito é considerado um
contorno de grão?
Grão é a porção de material onde o arranjo
cristalino é idêntico, variando sua orientação, contorno de grão é a fronteira
entre os grãos, o contorno de grão é considerado um defeito planar.
48- Como
pode a superfície de um cristal ser considerado um defeito da estrutura
cristalina?
O defeito de superfície externa é o defeito
mais evidente devido a descontinuidade, a coordenação atômica na superfície não
é comparável a dos átomos no interior do cristal, os átomos superficiais tem
seus vizinhos em apenas um lado, logo possuem mais energia e estão firmemente
ligados aos átomos externos.
49-
O que são defeitos volumétricos?
São estruturas sem ordenamento de longo alcance,
estas estruturas são chamadas de estruturas amorfas e podem formar uma matriz
em cristais de polímeros formando os polímeros semicristalinos.
50-
Cite algumas propriedades influenciadas diretamente pela presença de defeitos.
Defeitos pontuais influenciam diretamente as
propriedades de difusão, processos de transporte de condução iônica, reações de
estado sólido, transformações de fase, evolução da microestrutura. Defeitos leneares
influenciam diretamente na propriedades mecânicas como a deformação plástica,
fragilidade e dureza. Defeitos planares influenciam diretamente nas
propriedades magnéticas e dielétricas. Defeitos volumétricos influenciam na
estrutura cristalina do material.
A 17 parece estar errada! Não precisa encontrar a densidade, apenas volume para a mesma proporção de átomos, assim o material expande com o aumento da temperatura.
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